terça-feira, 22 de março de 2011

6º Capítulo

Acordei meio nauseada naquela manhã de sábado, a princípio achei que fosse culpa de meus pesadelos que por sinal estavam cada vez mais freqüentes.
Mas a náusea foi ficando mais forte, começaram a surgir dores e meu corpo foi ficando pesado.
Lutei contra mim mesma tentando arrastar o meu corpo ate o pequeno armário da sala, de onde tirei um frasco de analgésicos.
Esperei pacientemente a dor e a náusea passar.
Passei o dia todo tomando remédios contra as dores que surgiam aqui e ali.
Ao entardecer sentia-me meio tonta, então dirigi-me ao meu quarto,onde me deitei.
Minha irmã estaria fora o dia todo e provavelmente a noite também, o mínimo que e deveria fazer era ficar deitada esperando a tontura passar.
No entanto, depois de algum tempo ouvi o tilintar de algumas chaves.
Levantei-me com um pouco de dificuldade e dirigi-me até a porta.
Fiquei surpresa ao ver Takumi entrando com um molho de chaves familiar na mão.
-O... O que faz aqui?-Disse com dificuldades de me manter em pé.
-Você esqueceu suas chaves comigo. -Ele balançou o molho e depois o deixou na mesa ao lado da porta.
-Como sabia onde eu morava?-coloquei minha mão sobre meu rosto e o curvei tentando minimizar a dor que teimava em surgir.
-Tenho minhas fontes- Ele sorriu, mas logo me pareceu ficar preocupado.
Não consegui ver muito além.
Senti minhas pernas cederem e não sentir mais nada além de algo quente me segurando.
Abri meus olhos com dificuldade graças à luminosidade.
-O que houve?-Perguntei tentando me situar no tempo e espaço.
-Você desmaiou e eu te trouxe para o seu quarto- Seu rosto mantinha uma expressão seria- O que andou tomando hoje?
-Alguns remédios para a dor- disse meio ofegante sentindo meu corpo esquentar.
-Você não pode tomar tantos remédios de uma vez só- A expressão começou a ficar preocupada.
-C... Calor-não conseguia controlar o que falava, simplesmente soltava as palavras sem calcular o melhor modo para dizê-las.
-Ta... Takumi... Está calor- murmurava enquanto tentava tirar minhas roupas.
Ele me fitou serio, não estava me insinuando para ele, e mesmo que tivesse não era eu mesma... Apenas meu corpo totalmente sem controle.
Ele sorriu.
Não poderia ser... Ele não faria aquilo comigo... Ou faria?
-Você é realmente irresistível Kaoru- ele segurou uma mão em meus quadris e a outra em minhas costas.
No momento em que achei que ele ia fazer algo ele me virou e me enrolou no edredom.
-O... O que está fazendo?-gritei sem medir meu tom de voz.
-A Kaoru foi uma menina má- Sorriu brincalhão mas depois virou um sorriso sereno- Vai ficar assim quieta e aquecida até o efeito colateral do remédio passar.
Com o passar do tempo meu corpo foi voltando ao estado normal.
Na manhã seguinte já estava melhor.
Assim que consegui me livrar das cobertas procurei-o pela casa.
Ele não estava mais lá, apenas um bilhete escrito:

Cuide-se.

sábado, 19 de março de 2011

5º Capítulo

O show da kyu kyu em Nagoya foi um sucesso.
Entrei no meu camarim para poder tirar a pesada maquiagem que cobria meu rosto e a roupa que estava colada em mim graças ao suor.
-Hey!O que está fazendo aqui?-Gritei ao ver o conhecido invasor.
-Queria te dar os parabéns pessoalmente.
-Obrigada- Fitei-o com um olhar frio- Agora se me dá licença eu preciso me trocar.
-Ora essa Kaoru- O loiro se aproximou lentamente- Sabe que não é exatamente em palavras que quero expressar isso não é mesmo?
-N... Não acha que está quente aqui?- Mudei meu rosto de direção para não encarar aqueles olhos esverdeados.
- Olhe para mim- Ele tocou meu queixo e lentamente puxou para si
Seu rosto foi se aproximando do meu, não pude me conter e me entreguei em seus braços.
Subitamente abri meus olhos, estava enrolada em meu cobertor deitada ao lado da cama.
Levantei minha mão até achar alguma fonte de luz.
Abri meu celular tentando verificar as horas, eram apenas 2h da manhã.
-Outro sonho- Murmurei para mim mesma.
Não sabia exatamente se ter meu sono interrompido pela imagem de Takumi era um sonho ou um pesadelo.
Não queria voltar a dormir, então fui até a sala procurar algo interessante para ver na televisão.
-Outro pesadelo?- Lissa se aproximou coçando os olhos.
Assenti com a cabeça.
-O que exatamente você sonhou dessa vez?- Não podia dizer que era com Takumi ou ela entenderia mal o meu lado.
-Ah! Sabe como é... Monstros me perseguindo bruxas com porções mágicas e outras coisas do tipo
Ela segurou o riso, era realmente cômico ver uma garota de 24 anos ter pesadelos com bruxas e monstros.
Um feixe de luz que teimava em atravessar pelas finas cortinas fez meus olhos se abrirem.
Havia adormecido ali mesmo.
Marcavam 14h00min no relógio pendurado na sala.
-Ai não!- Lembrei que estava atrasada duas horas para o ensaio importante.
Foi quando percebi um bilhete colado na minha testa.

Maninha,
Eu realmente tentei te acordar, mas você dorme feito pedra então fui para o ensaio sem você.
Beijos
                                         Lissa
PS: Peguei seu carro.


- Ótimo agora estava atrasada e sem carro.
Resolvi não perder mais tempo com minhas preocupações.
Coloquei uma calça jeans, minha blusa branca e botas pretas, peguei minha bolsa, meu sobretudo preto e corri para a estação de metro.
Mas no meio do caminho começou a chover.
-Que maravilha- gritei olhando para o céu- Tem como piorar?
Fiquei parada debaixo da chuva procurando alguma resposta do além ou de qualquer outro lugar.
Então um Genesis preto estacionou ao meu lado.
Quando o vidro abaixou vi Takumi me fitando com o mesmo olhar entediado de sempre.
-Quer uma carona?
Senti minhas bochechas queimarem quando ouvi aquela voz
-Não, obrigada- Tentei me manter integra.
-Tem certeza?Olha... Eu realmente não quero que pegue um resfriado, ou terei que cuidar de você- ele deu um sorriso sacana.
Não tive outra escolha, eu também não queria pegar um resfriado.
Entrei no Genesis e ele ligou o aquecedor.
- Para onde vamos?- Ele perguntou sem tirar os olhos da rua.
-Para o estúdio de gravação da kyu kyu.
Passei a viagem toda tentando não olhar para a pessoa ao meu lado.
Quando desci do Genesis ele me seguiu e adentrou o estúdio de gravação depois de mim.
-O que está fazendo?- perguntei observando-o
- Te acompanhando, por quê? Atrapalho?-ele levantou uma das sobrancelhas.
- Não, nem um pouquinho- voltei-me para frente tentando esconder meu nervosismo.
Aquele seria um ensaio torturante. 

sexta-feira, 18 de março de 2011

4º Capítulo

-Você está namorando?Por que não nos disse isso antes?
A cantora encarou minha irmã curiosa
-Quem é o rapaz?-Hikari disse curiosa
-Kuuga
Ela parecia bem calma apesar de estar contando que estava namorando o mesmo Kuuga que há alguns meses ela queria manter um relacionamento em segredo.
- Kuuga?- a loira deu um sorriso sacana – Dizem que ele não é capaz de ficar com apenas uma garota.
-Não acredito que a Black acordou-a fitei entediada enquanto encostava-me na parede.
Hikari tinha um pequeno problema de dupla personalidade sendo o seu “segundo eu” chamado de Black.
-Não se preocupe comigo- Lissa sorriu debochada- Confio plenamente nele.
Ela sabia muito bem como lidar com a Black, na verdade todas nós sabíamos.
-Hey Mari- continuou- Acho que vou querer um chá verde, poderia preparar para mim?
Na maioria das reuniões nós ficávamos no pequeno bar dentro do nosso estúdio, era mais confortável e eu pessoalmente gostava de ficar lá para ler ou pensar.
Quando a reunião acabou me levantei para voltar para casa,mas fui puxada pelo braço por Hikari.
-Precisamos investigar- Ela murmurou para que somente eu ouvisse.
-O que?
-Devemos segui-lo e saber se ele realmente está somente com a nossa Chibi
Chibi era o apelido de Lissa e também seu nome artístico.
-Você ficou maluca?-me soltei de seus braços e segui ate a porta.
-Não...Mas você também não ia querer vê-la triste não é?
Seu poder de persuasão era incrível, cedi aos caprichos da guitarrista.
-Ok- Arfei- O que devo fazer?
No dia seguinte fui até a plataforma 3 do metrô de tokyo.
Uns quinze minutos depois ela apareceu com uma grande sacola.
-Vista- Hikari me deu a mesma.
Vesti o sobretudo jeans, um daqueles bem parecidos com de detetive e coloquei os óculos escuros.
-Não acha que está vendo muitos filmes de espionagem?- Perguntei brincalhona.
Ela apenas me fuzilou com os olhos.
-Enfim...- ela voltou se para o próprio bolso de onde tirou um papel.
­-De acordo com as minhas fontes, ele deve estar saindo do estúdio de gravação às 15:00 pm.
Fomos ate o lugar e ficamos esperando por um tempo atrás de uma árvore.
-Estamos sendo ridículas sabia?-olhei para a direção dela
-Não querida, estamos sendo astutas! Sabe se lá quantas outras meninas ele está enganando.
Veio-me uma vontade imensa de me virar e voltar para casa,mas só a idéia da possibilidade dele estar enganado a minha irmãzinha me segurou bem ali.
-Olhe! Eles estão saindo.
Vi todos os membros da banda sair de lá mas não Takumi.
Depois de alguns meses ele já devia estar bem, não 100% bem mas... Recuperado.
Deixei meus pensamentos de lado em me foquei em seguir o Genesis preto no qual ele entrara.
Seguimos até um restaurante aparentemente bem caro.
Sentamos a algumas mesas de distancia dele e começamos a observar.
Passamos alguns minutos até que uma mulher chegou e ele acenou, por um instante me deu uma enorme vontade de dar lhe um bom tapa.
Mas aí percebi que não era para ela que ele acenava e sim para o garçom que estava logo atrás dela.
-Vou ao banheiro, essa espera está me dando vontade de fazer xixi.
Ela se levantou e saiu às pressas, não deu muito tempo e alguém se aproximou de mim.
-Por que está me seguindo?
Takumi estava em pé de braços cruzados ao meu lado como que se quisesse segurar um riso.
-Não estava te seguindo,propriamente- o encarei enquanto ele sentava no lugar de Hikari.
-Então está fazendo um filme de espionagem?- Dei de ombros e ele continuou- Ou será que está seguindo o Kuuga?
O encarei assustada, ele era esperto demais pro meu gosto.
-Não acredito que você desconfia dele!-ele deixou a risada escapar quase gargalhando.
-Não é que eu não confie- Processei palavras coerentes para que ele não fizesse uma interpretação errada- Só estava checando se ele fazia juz à fama.
-Ah!-ele se apoiou em seus cotovelos- Não se preocupe, ele não para de falar na sua querida irmã. Está realmente apaixonado por ela.
Aquelas palavras aliviaram o meu coração de forma a me fazer suspirar de alegria.
- Mas se quiser- Ele me encarou com um sorriso- Posso ficar de olho nele por você, assim não precisa ficar usando essa roupa.
Olhei as roupas que vestia e realmente não tinha como alguém não me notar.
-Já que está aqui, por que não jantamos?Eu pago- ele piscou para mim e chamou a atenção do garçom.
Era uma proposta tentadora não podia negar.
-Aceito, mas antes- Me levantei-Vou entregar algumas coisinhas pra uma amiga.

quinta-feira, 17 de março de 2011

3º Capítulo

O lado oeste da cidade era repleto de prédios altos e tecnológicos.
-É aqui- disse ele olhando para a janela.
Parei o carro e o desliguei, desci e o ajudei a abria a porta.
O prédio era enorme, suas paredes de espelho refletiam o céu que parecia,por lá, ainda mais azul.
-Anda!-ele gritou da entrada- se quiser chegar na cobertura.
Cobertura? Ele morava na cobertura!
-Ok... – disse vacilando.
O apartamento não era muito grande e também não tinha muitos móveis.
Na parede do lado esquerdo estava disposto um sofá de três lugares cor cinza, pouco adiante se via uma televisão de tamanho médio.
Ao lado do sofá existia uma pilha de livros mal arrumados e na parede direita encontravam- se duas portas e um contrabaixo encostado.
-você acabou de se mudar-perguntei ao ver a situação da casa
-moro aqui desde que comecei o ensino médio- Fiz minhas contas e não foi difícil ver que ele morava lá há muito tempo.
Aproximei-me da janela, bem à minha frente, que ocupava o espaço de uma parede.
A vista era linda, conseguia ver toda Tokyo de lá,parecia possuí-la  em minhas mãos.
-À noite, a vista é ainda melhor-ele sorriu se posicionando ao meu lado observando a mesma imagem.
Ficamos em silencio por um momento vendo o sol se pôr por entre os prédios, mas o mesmo foi quebrado por um grunhido.
Após um momento percebi que era o estomago dele.
-Você comeu alguma coisa?
-Não... Desde a Hora do almoço.
O encarei e depois revirei os olhos, sabia que não tinha outra escolha a não ser cozinhar
Só não fazia isso muito bem.
-Estou abismado- ele segurou um riso assim que viu minha “obra de arte”
Senti o dedo dele se aproximar da coisa gosmenta que deveria ser mingau.
-Como você consegue fazer isso ficar sem gosto nenhum- disse deixando um sorriso escapar.
-Não precisa comer se não quiser-estava ofendida
Ele riu novamente,sentou se no sofá e prosseguiu:
-Eu vou comer. Mas não posso segurar a colher- Hesitei por um instante, mas cedi após o argumento- Ah! E eu não gosto de comida quente.
Aí ele já estava começando a abusar da minha boa vontade.
Por um instante o vi suando e me parecia quente, coloquei a costa da minha mão em sua testa notando que estava com febre.
- Vo..Você está suado...Deixe me tirar a sua Camiseta para que não fique molhada.
Meus dedos desabotoaram levemente a camiseta branca dele.
A cada toque ficava mais difícil controlar o nervosismo
-Parece que você gostou do que viu-ele cerrou os olhos de forma a me sacanear.
- Não- Virei meu rosto assim que terminei de tirar o tecido branco de seu corpo.
Coloquei-o em cima da mesinha de centro, e fui procurar um cobertor.
Depois de muita insistência encontrei um dentro do armário.
Cobri-o.
Não demorou muito para que a febre tomasse conta de seu corpo e o fizesse desmaiar de cansaço.
Ajoelhei- me próxima ao seu rosto e automaticamente minhas mão começaram a acariciar seus cabelos desgrenhados.
-Durma bem-sussurrei enquanto admirava sua expressão serena.

terça-feira, 15 de março de 2011

2º Capítulo


Minhas manhãs de sábado eram preenchidas com um café da manhã junto da minha irmã, não era muito raro comermos juntas, mas prezava por aquele momento calmo em que eu podia relaxar e apenas apreciar o sabor dos alimentos.
Ela sentou na cadeira diante de mim no outro lado da mesa de madeira pequena que mantínhamos na cozinha do apartamento.
-Bem-Seu rosto estava serio a ponto de me deixar um pouco apreensiva- Vou direto ao assunto...
-Que assunto?-balbuciei com o hashi na boca
-Ora essa, o Takumi, lógico!
- Ah, certo- Revirei os olhos prevendo o rumo da conversa
-O que achou dele?
-Ele é alto, loiro... excelente forma física- Castiguei-me mentalmente por ter soltado as ultimas palavras.
Ela deu um sorriso malicioso, o que em parte atiçou minha curiosidade mas contive- me para não soltar outra baboseira.
Pensei o mais rápido possível em algo que me tirasse daquele interrogatório.
- Vou andar de bicicleta Lissa, até mais tarde.
Fui de carro a uma praça no meio da cidade, lá havia um lugar onde se podiam alugar bicicletas.
Peguei uma e pedalei rumo às arvores de Sakura.
Eu adorava aquele lugar, era tão belo, tão interessante, tão exuberante que me tirava o fôlego.
No meio de meus devaneios não percebi o corpo que vinha em minha direção.
Só me dei conta de quem era quando ele estava sentado no chão.
-Takumi!-gritei descendo da bicicleta e me agachando para ajudá-lo- você está bem?
-Sim
Ele não me parecia bem, apesar do sorriso forçado, sua expressão piorava a cada minuto.
-Consegue se levantar?- Ele assentiu com a cabeça assim o fazendo
- Vamos- completei- meu carro não está longe, te levarei para o hospital
Ao chegar lá ele logo foi encaminhado para o pronto socorro enquanto me sentava nas poltronas nada confortáveis da sala de espera.
Passaram-se demasiados minutos ou poucas horas, não sei ao certo.
Deixei meus pensamentos me lembrarem do rosto dele.
Seus cabelos loiros bagunçados e jogados na frente de seus orbitais verdes tão misteriosos e tensos quanto dóceis, suas finas linhas faciais fechando-se num triangulo perfeito formando seu queixo e por fim cheguei à boca... Ah aquela boca, tão bela se moldando num pequeno traço fascinante.
Takumi se aproximou de mim com aquele mesmo olhar entediado de sempre, mas logo mudou para um sutil meio sorriso.
Somente assim notei que minhas maçãs do rosto insistiam em ficar num tom vermelho vivo.
- Aposto que estava pensando em mim- Acertou.
-Mas é claro que não!- menti- É esse frio maluco que deixa meu rosto assim.
Tentei ser o mais convincente possível no entanto ele apenas me fitou erguendo uma das sobrancelhas, parecendo não ter acreditado muito mas não insistiu no assunto.
-Preciso de ajuda para voltar para casa
Assim mostrando os braços enfaixados que ele mantinha embaixo do agasalho posto sob as costas.
-Ok, onde você mora?- Disse levantando-me.
Não tinha outra escolha, afinal, ele não estaria lá se não fosse por minha culpa.

segunda-feira, 14 de março de 2011

1º Capítulo

Adentrei ao estúdio de gravação onde a kyu kyu costumava ensaiar. 
A a banda era composta por Youko,vocalista,ela tinha olhos verdes cabelos encaracolados vermelho sangue e um corpo que qualquer homem desejaria e qualquer mulher invejaria,por Lissa,baixista,ela era baixa com cara de criança cabelos pretos compridos escorridos e olhos cor de mel,Hikari,guitarrista,cabelos loiros bem alta magra e bonita olhos violeta,Mari,era a mais velha de todas possuia um ar de bondade e uma expressão serena em seu rosto pálido seus olhos semicerrados escondiam um prateado intenso que so era visto quando com muita atenção eram olhados de perto, os lisos cabelos azulados e compridos eram presos num alto rabo de cavalo e por fim Kaoru,bateria,ou melhor essa que vos fala, bem eu possuo olhos cor de mel e cabelos até pouco abaixo dos ombros,pretos, lisos e desfiados.
O lugar, que misturava um amarelo claro com detalhes em preto, era bem grande,pelo menos grande o suficiente para caber uma gama de instrumentos e caixas de som.
Me virei para a cantora,não tinha uma das minhas melhores expressões.
-Oque!Lissa está doente?Mas como vamos ensaiar agora?
-Desculpe-lamentei-Mas eu realmente não sei.
Na realidade minha irmã não estava doente, mas também não queria que as meninas soubessem que ela estava namorando o Kuuga,cantor da Yumi Mix.
-Olá-uma voz masculina soou melodiosamente em meus ouvidos.
Virei-me para identificar a mesma
-O que faz aqui Takumi?-Disse a cantora intrigada.
Takumi era o baixista da banda Yumi Mix e também melhor amigo de Kuuga, já havia visto ele em fotos mostradas pela minha irmã mas nunca falei diretamente com ele...nao até aquele dia.
-O Kuuga me mandou pra cá- ele respondeu com um olhar entediado.
-Como ele sabia que estavamos precisando de um baixista?-Youko o encarou desconfiada.
O garoto deu de ombros e apenas olhou fixamente pra mim.
Meu olhos suplicavam para que ele desse uma resposta coerente.
Ele deu um sorriso debochado e depois encarou a cantora.
-Ora essa,a Kaoru não disse?- a mesma me fitou procurando respostas.
-E...Eu-me enrrolei com minhas proprias palavras- Li..Liguei pro Kuuga para que ele chamasse o Takumi,a...assim poderiamos tocar.
A resposta não pareceu convincete para a dona dos olhos esmeralda, mas antes que ela pusse arrancar alguma coisa dele eu o puxei para um lugar onde pudessemos conversar.
Levei-o para um canto do estúdio onde havia um sofá vermelho  confortável e uma luminária alaranjada pendurada no teto.
-Poderia colaborar?-Sussurei esbravejada ao mesmo tempo em que nos sentavamos no sofá.
-Que tipo de colaboração?- Ele sorriu observando a luminaria.
Estava convencida de que ele estava sendo sarcástico então me aprofundei no assunto.
-Olha, estou partindo do princípio de que ajudando a minha irmã, consequêntemente, estarei ajudando o seu amigo.Então, se você não abrir a boca você vai colaborar,entendeu?- O meu tom de voz não era nada amigavel então era bom ele ter compreendido.
Ele sorriu e virou-se para o meu lado.
-Você é bem interessante Kaoru.
Assim que ele terminou a frase se levantou e andou até a porta.
Tive a impressão de ter sido encarada antes dele sair.