quarta-feira, 25 de maio de 2011

9º Capítulo

- O que!? Quer que eu saia com você?- Assenti com a cabeça.
-É para recompensar o colar que você me deu... Veja apenas como um consolo já que você não tem namorada.- Dei-lhe um sorriso vitorioso mas fiquei pasma com sua resposta.
Ele sorriu o sorriso mais sacana e maldito e ao mesmo tempo delirantemente lindo da face da terra e depois respondeu calmamente:
-Então, façamos um teste.
-Teste?
-Sim,uma espécie de jogo, vamos sair hoje e eu vejo como é, se me divertir eu saio com você se não você não passou no teste.
Que cretino! Bem não tinha outra escolha, afinal eu já o havia convidado, o jeito era aceitar, até por que era só mais um teste.

Levei-o primeiramente a um restaurante, era o meu favorito.
-O que achou desse restaurante, o presunto Ibérico é bom não acha?- disse tentando ser simpática.
- Ah! É legal, mas já estive em lugares melhores. - Ele parecia estar bem entediado.
Segurei-me para não dar uma bela resposta.
Logo após o almoço nada cômodo levei-o para um net café.
-Gosta de mangás?- fiz a minha expressão mais simpática possível.
-Não muito.- ele continuou com a expressão entediada.
OK agora ele já estava abusando!
Em seguida levei-o para uma loja de roupas.
-E das roupas?quer levar alguma?
-Não... Não gosto de lojas populares.
Naquele momento ele havia passado de todos os limites.
-Olha aqui... - não pude terminar a frase quando ouvi alguns berros de meninas.
Mal me virei e vi várias fãs loucas atrás de mim parecendo animais sedentos por sangue.
- Eis o motivo para eu não gostar de lojas populares. - sussurrou para que só eu pudesse ouvir.
- No momento temos que despistá-las.
- E como faremos isso?
-Ainda não sei, mas... - antes que eu pudesse pensar em algo já estava sendo puxada para longe do imenso grupo de fãs.
Após alguns metros paramos para descansar.
- Nunca vi fãs tão estranhas- Comentei meio ofegante
- Claro são minhas fãs – Ele me olhou de um modo meio narcisista.
- E quem garante que não são minhas fãs?
- Ora, simples, ela pareciam querer comer você. Talvez achassem que fosse minha namorada.
-Enfim, não importa- Tentei não continuar aquela conversa, que estava tomando um rumo meio estranho.
-O que vamos fazer agora?- ele mudou de assunto- Já está anoitecendo.
Foi aí então que tive uma grande ideia.
Aquele era o meu lugar favorito, um pequeno campo aberto cheio de flores com um rio calmo ao final.
-O que é aqui?
-É o meu Lugar, desde o ensino médio eu venho aqui para ver o por do sol... é o melhor do mundo!
Ficamos lá sentados na grama vendo cada pedacinho do sol desaparecer no horizonte distante.
-Herm... – Corei ao ver seus olhos verdes tão próximos.
Mas logo consegui falar.
- Você se divertiu?
Ele deu um sorriso e respondeu:
- Creio que não.
GAME OVER
Bem... se eu quiser ganhar, basta jogar novamente.
Prepare-se Takumi!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

8º Capítulo

O quarto era de um tom alaranjado com paredes enfeitadas por pequenas flores vermelhas.
Na parede à esquerda tinha uma varanda que dava para um jardim muito tranqüilo e no chão se encontravam dois colchões muito próximos.
Aquilo me deu calafrios, era medonho apenas pensar que eu iria dormir no mesmo quarto que ele.
-O que foi? Está com medo de mim?
Virei-me de súbito, aquele sussurro fez com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem.
-N.. Não é medo- pausei por uns instantes até que minha voz se estabilizasse- Só estou com um pouco de receio de dormir no mesmo quarto que você.
-O que você acha que eu sou?- ele franziu o cenho
- Um monstro pervertido que abusa de garotas inocentes.
Ele riu e colocou suas malas em cima de um dos colchões.
-Vou para as fontes termais- ele disse sorrindo ao mesmo tempo que passava pela porta, onde estava parada.- Quem sabe mais tarde não possamos aproveitar juntos?
Ele estava se aproveitando do que eu disse para me irritar, que ódio!
Estava certa que iria ignorá-lo o dia todo.

-O que está achando deste dia dos namorados?- minha irmã perguntou se aconchegando entre as pedras quentes e úmidas.
-O mesmo de sempre, o seu namorado acerto no seu presente de novo- entrei nas águas quentes com um olhar vazio.
-Você ainda não o esqueceu?- ela me olhou preocupada e depois bateu as mãos na água - Maldito Hatori!
-Não o culpe- disse tentando amenizar sua raiva – Prefiro manter minhas boas amizades a fazer parte de um relacionamento mal sucedido. Não sinto mais nada por ele, acredite!
Ela ficou em silêncio por alguns instantes e acabou mudando de assunto.
-E o que está achando do Takumi?- ela sorriu com cara de quem queria saber tudo.
-Ele é irritante- respondi seca
-Depende do ponto de vista.
-Do MEU ponto de vista ele é irritante. - dei uma bela ênfase na frase.
-Está bem, não falo mais nada, afinal viemos aqui para relaxar.


Voltei para o quarto ao cair da noite e aproveitando que Takumi ainda não havia chegado arrumei minhas coisas e tomei um belo banho.
Passaram-se muitas horas e ele ainda não havia chegado, comecei a ficar preocupada então sai pelo hotel atrás dele.
Não foi uma boa idéia, era pavoroso ser a única a passar por corredores desconhecidos e escuros.
Estava quase chegando no hall quando ouvi alguns barulhos e uma mão segurando meus pulso, por impulso peguei o celular que estava no bolso da calça e apontei para a pessoa que me segurava.
Depois de um tempo abri meus olhos marejados para ver quem era.
-Takumi?
Sua face demonstrava uma mistura de pavor e preocupação, então instantes depois eu estava sendo abraçado por ele.
- D..Desculpa- ele murmurou quase num choro – Não era minha intenção te assustar.
 Respirei fundo e enchuguei as poucas lagrimas do meu rosto.
-Bem... já que eu te encontrei, é melhor irmos para o quarto.
-Não! Espere! Preciso te entregar uma coisa.
Ele me puxou para jardim e me entregou um pacote.
De lá tirei um lindo colar com uma rosa de ouro como pingente.
-Aceite, não como presente de dia dos namorados, apenas aceite.
Sorri e peguei o presente
- Aceite como um consolo já que você não tem namorado.
- Ora seu... GRANDE IDIOTA!
Ele pegou o colar da minha mão, colocou em meu pescoço.
- Deixe- me coloca-lo em você...- minhas bochechas avermelharam.
"Esse cara... Nem percebe o que está fazendo."

sexta-feira, 13 de maio de 2011

7º Capítulo



-Ótimo, Dia dos Namorados- arfei entediada.
Não gostava dessa data, talvez por que meus namoros não durassem tempo suficiente para ganhar algo nesse dia, ou ainda, por que era desesperador ver aquele monte de corações e caricias melosas por todos os cantos da cidade.
Eu realmente não me importava de ser a única pessoa na rua que não andava acompanhada de um namorado, estava tão acostumada a não ter um, que desisti de ficar triste todos os anos em que eu passava sozinha.
Até mesmo minha casa ficava diferente no dia dos namorados, repleta de flores, ursos de pelúcia e balões, mas naquele dia foi diferente.
-O que houve esse ano?- Perguntei brincando- O Kuuga resolveu não te dar nada?
-Muito pelo contrário, ele me convidou para ir às fontes termais- ela deu um sorriso de meter medo- E você vem junto.
-Eu? Porque eu?
- Vou precisar de companhia nas fontes femininas, e quem melhor do que a minha irmãzinha?
-Sem chance!
-Por favorzinho?- revirei os olhos.
-Ok! Mas ó por que eu sou uma boa pessoa!
O tal dia da viagem chegou, Kuuga havia alugado uma vã para nos levar até as fontes.
A tal vã  possuía dois bancos extensos em cada extremidade da mesma,  um de frente para o outro.
Levei um susto ao ver Takumi sentado lendo serenamente um livro de bolso.
-O que faz aqui?-perguntei surpresa
- O mesmo que você.- ele não parecia mudar de expressão apenas me encarou e voltou a dar atenção ao livro que lia.
Coloquei meus fones de ouvido e concentrei-me em apenas olhar as manchas acinzentadas que aos poucos foram se transformando em verdes.
Em pouco tempo chegamos ao hotel onde existiam as fontes termais.
Sentei-me numa poltrona confortável, a qual se encontrava no hall do hotel enquanto esperava Kuuga pegar as chaves do quarto.
-Pessoal- ele estava bem sem graça- Tenho más notícias.
Só tem um quarto disponível além do que eu reservei para mim e para Lissa.
Vocês se importam de dividir?
- Por mim tudo bem- ele disse com a maior naturalidade existente na face da terra.
Era um absurdo! Mas não podia dar pra trás estando tão longe de casa.
-E você Kaoru- ele me olhou curioso..
Não disse nada, apenas assenti com a cabeça.
Não teria problema, não é mesmo, afinal eram apenas 2 noites.